quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tarsila do Amaral

Aniversário 125 anos Tarsila do Amaral: conheça a história e veja obras


Com cores fortes e temáticas diversas, as telas de Tarsila do Amaral ficaram mundialmente conhecidas


(Crédito: Reprodução)
(Crédito: Reprodução)
Em janeiro de 1928, ela dá ao marido um presente de aniversário muito especial que marcaria sua carreira: o "Abaporu".
 
Nascia há exatamente 125 anos, no município de Capivari, no interior de São Paulo, uma das pintoras mais importante do movimento modernista, Tarsila do Amaral. Ela passou a infância nas fazendas do pai e estudou em São Paulo, no Colégio Sion. Contudo, foi concluir os estudos em Barcelona, na Espanha, onde fez o seu primeiro quadro Sagrado Coração de Jesus, com 18 anos.
 
 

Confira algumas obras da artista Tarsila do Amaral


Depois de separar-se André Teixeira Pinto, com quem teve sua filha Dulce, Tarsila começou se dedicar mais ao estudo das artes. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918.  
 
De 1920 a 1922 estudou em Paris, França, na Académie Julien. Quando voltou ao Brasil, Anita Malfatti a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia e agitaram culturalmente por meio de reuniões, festas, conferências.
 
Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la. Em 1923, ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela A Negra, uma figura que tinha muita ligação com a sua infância. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira.
 
A artista estudou também outros mestres cubistas e conheceu pintores, escultores e músicos. Ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.
 
No auto-retrato Manteau Rouge, de 1923, ela usou uma capa vermelha em homenagem a Santos Dumont.
 
As cores fortes marcaram sua obra: azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo e verde cantante. Outro ponto característico de suas pinturas é temática brasileira, traduzida nas paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da fauna, flora e folclore. Obras como Carnaval em Madureira, Morro da Favela, O Mamoeiro, São Paulo, O Pescador, dentre outros.
 
Em 1926, Tarsila fez sua primeira exposição individual em Paris, e a crítica foi positiva. Após consegui a anulação de seu primeiro casamento, Tarsila casa-se com Oswald. Em janeiro de 1928, ela dá ao marido um presente de aniversário muito especial que marcaria sua carreira: o Abaporu.
 
Abaporu significa homem que come carne humana, o antropófago. Nessa fase, ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes, em quadros como Sol Poente, A Lua, Cartão Postal, O Lago, Antropofagia, etc.
 
A primeira exposição individual no Brasil aconteceu em 1929. Ainda neste ano, com a crise da bolsa de Nova York e a do café no Brasil, Tarsila teve que começar a trabalhar, já as fazendas de seu pai foram hipotecadas. Nessa época, ela e Oswald se separaram.
 
Em 1931, fez uma exposição em Moscou. Na época, foi presa por participar de reuniões no Partido Comunista Brasileiro, o que a levou a pintar, em 1933, a tela Operários. Desta fase Social, temos também a tela Segunda Classe. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou quadros como Fazenda, Paisagem ou Aldeia e Batizado de Macunaíma.
 
Tarsila participou da I Bienal de São Paulo, em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a mestra em história da arte e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, 'Tarsila 50 anos de pintura'.
 
Tarsila faleceu em janeiro de 1973, mas tornou-se um grande nome da arte moderna brasileira com obras muito particulares. Sua pintura “O Abaporu”, de 1928, é considerada como o marco que inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas do Brasil.
 
 

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