Cerca de mil estudantes mostram suas habilidades na World Skills.
Astronauta que fez curso no Senai aos 14 anos defende a modalidade.
O presidente da World Skills, competição mundial de ensino técnico, Tjerk Dusseldorp, disse nesta quinta-feira (6) que o ensino técnico profissional sofre preconceito e não é valorizado como o ensino superior.
“Os pais pensam que os cursos profissionalizantes de alguma forma impedem que seus filhos consigam emprego, que ganhem salários altos e que nunca cheguem a usar terno e gravata, mas nada impede isso”, diz o presidente.
Segundo ele, os pais dos alunos acreditam que seus filhos, ao optarem pelo ensino técnico em vez do superior, vão estagnar, e não vão evoluir profissionalmente.
Dusseldorp lembrou o caso da Suíça, que é uma referência na educação e 80% dos jovens não ingressam na universidade, e sim, na educação profissional. “Se pudesse dar um conselho aos estudantes brasileiros diria para tentarem fazer um curso de educação profissional para conseguir ganhar dinheiro. Os pais estimulam a formação superior, mas meu conselho é de começar com o aprendizado mais técnico”, afirma.
Para o astronauta Marcos Pontes, embaixador da World Skills, o preconceito com o ensino técnico no Brasil tem de acabar, pois é uma grande “burrice”. Ele afirma que “fazer o ensino técnico não é perder tempo, ele te dá um degrau a mais para ser um profissional melhor, mesmo após a universidade.”
O astronauta fez o curso de eletrônica do Senai quando tinha 14 anos e morava em Bauru, no interior de São Paulo. Na época, ele chegou a fazer "bicos" de eletricista na cidade. “Ajudo a divulgar a importância do ensino técnico e sempre incentivo a educação em qualquer idade.” Pontes defende o aumento da duração do ensino médio para quatro anos, sendo a última de educação profissional.
A World Skills, é uma competição mundial de ensino profissionalizante, que começou na quarta-feira (5), em Londres, na Inglaterra. A delegação brasileira é composta por 28 estudantes. As provas terminam neste sábado (8), e a premiação ocorre no domingo (9).
O presidente do evento disse que o Brasil está entre os cinco melhores competidores no ranking geral. “O Brasil tem uma grande população e enormes recursos naturais. As capacidades estão aumentando e o futuro aponta para uma economia mais próspera.”
Dos 28 estudantes brasileiros, 23 são do Senai e cinco do Senac.
Os competidores brasileiros foram escolhidos após participarem de um rigoroso processo de seleção, que começou com as etapas interescolares, regionais e nacional da Olimpíada do Conhecimento, torneio de educação profissional realizado a cada dois anos pelo Senai.
Para conquistar a vaga ao WorldSkills 2011, os vencedores da Olimpíada enfrentaram ainda outras duas seletivas, em que alcançaram os índices internacionais de qualidade, o que comprova que estão entre os melhores profissionais do mundo nas 25 ocupações que disputarão. Com isso, estão prontos para levar o Brasil ao pódio, como ocorreu nas duas últimas edições do WorldSkills.
Em 2007, quando o torneio foi realizado em Shizuoka, no Japão, a equipe brasileira ficou em segundo lugar, atrás da Coreia do Sul. Em 2009, em Calgary, no Canadá, o Brasil ficou em terceiro lugar, atrás de Coreia do Sul e Irlanda.
“Os pais pensam que os cursos profissionalizantes de alguma forma impedem que seus filhos consigam emprego, que ganhem salários altos e que nunca cheguem a usar terno e gravata, mas nada impede isso”, diz o presidente.
Segundo ele, os pais dos alunos acreditam que seus filhos, ao optarem pelo ensino técnico em vez do superior, vão estagnar, e não vão evoluir profissionalmente.
Dusseldorp lembrou o caso da Suíça, que é uma referência na educação e 80% dos jovens não ingressam na universidade, e sim, na educação profissional. “Se pudesse dar um conselho aos estudantes brasileiros diria para tentarem fazer um curso de educação profissional para conseguir ganhar dinheiro. Os pais estimulam a formação superior, mas meu conselho é de começar com o aprendizado mais técnico”, afirma.
Para o astronauta Marcos Pontes, embaixador da World Skills, o preconceito com o ensino técnico no Brasil tem de acabar, pois é uma grande “burrice”. Ele afirma que “fazer o ensino técnico não é perder tempo, ele te dá um degrau a mais para ser um profissional melhor, mesmo após a universidade.”
O astronauta fez o curso de eletrônica do Senai quando tinha 14 anos e morava em Bauru, no interior de São Paulo. Na época, ele chegou a fazer "bicos" de eletricista na cidade. “Ajudo a divulgar a importância do ensino técnico e sempre incentivo a educação em qualquer idade.” Pontes defende o aumento da duração do ensino médio para quatro anos, sendo a última de educação profissional.
A World Skills, é uma competição mundial de ensino profissionalizante, que começou na quarta-feira (5), em Londres, na Inglaterra. A delegação brasileira é composta por 28 estudantes. As provas terminam neste sábado (8), e a premiação ocorre no domingo (9).
O presidente do evento disse que o Brasil está entre os cinco melhores competidores no ranking geral. “O Brasil tem uma grande população e enormes recursos naturais. As capacidades estão aumentando e o futuro aponta para uma economia mais próspera.”
Conheça os 28 participantes da delegação brasileira: | ||||
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Jecivaldo Silva (aplicação de revestimento cerâmico) | Priscila Teixeira (confeitaria) | Lucas Terra (construção de moldes) | Guilherme Souza (desenho mecânico) | Guilherme Vieira (design gráfico) |
Marcos Paulo Santos (eletricidade industrial) | Lucas Souza (eletricidade predial) | Gabriel De Spindula (eletrônica industrial) | Thiago Carvalho (fresagem) | Avner Santos (instalação e manutenção de redes) |
Rodrigo Silva (joalheria) | Rafael Trombini (marcenaria) | Willian Sousa (mecânica de refrigeração) | Christian Alessi e Maicon Pasin (mecatrônica) | Rodrigo Panifer (polimecânica) |
Andre Peripolli e Leandro Machado (robótica móvel) | Othon Barreto (sistema de transporte da informação) | Rafael Santos (tornearia) | Lucas Filgueira (soldagem) | Paolo Bueno (tecnologia da informação) |
Natã Barbosa (webdesign) | Daniela Mello (cabeleireiro) | Jéssica Amaral e Renata Machado (técnico de enfermagem) | Hemilton Santos (serviço de restaurante) | Laysa Menezes (cozinha) |
Os competidores brasileiros foram escolhidos após participarem de um rigoroso processo de seleção, que começou com as etapas interescolares, regionais e nacional da Olimpíada do Conhecimento, torneio de educação profissional realizado a cada dois anos pelo Senai.
Para conquistar a vaga ao WorldSkills 2011, os vencedores da Olimpíada enfrentaram ainda outras duas seletivas, em que alcançaram os índices internacionais de qualidade, o que comprova que estão entre os melhores profissionais do mundo nas 25 ocupações que disputarão. Com isso, estão prontos para levar o Brasil ao pódio, como ocorreu nas duas últimas edições do WorldSkills.
Em 2007, quando o torneio foi realizado em Shizuoka, no Japão, a equipe brasileira ficou em segundo lugar, atrás da Coreia do Sul. Em 2009, em Calgary, no Canadá, o Brasil ficou em terceiro lugar, atrás de Coreia do Sul e Irlanda.
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